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Dia do psicólogo - 27 de agosto

  • Foto do escritor: psialineosilva
    psialineosilva
  • 27 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

Como decidi me tornar psicóloga?


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Dia 27 de agosto é o dia do psicólogo e acho que, não por acaso, também é a data que comemoro meu aniversário. A decisão de me tornar psicóloga não foi tomada na minha infância, até porque nem conhecia essa profissão, e só fui ter certeza disso no penúltimo ano do colégio. Acredito que se conhecesse a profissão antes, talvez já tivesse a escolhido, contudo também acredito que o ponto fundamental foi eu mesma poder experimentar a psicoterapia como paciente.


Lembro, com uma curiosa riqueza de detalhes, a primeira vez que sentei no sofá da minha analista. Sem saber muito bem a razão, me senti extremamente compreendida e acolhida. Na época, eu passava por uma fase em que tentava compartilhar certas questões com as pessoas que eu mais confiava, mas era como se ninguém me compreendesse. Assim, resolvi tentar uma pessoa nova e pedi que meus pais me levassem em uma psicóloga.


Quando sentei naquele sofá, percebi que não tinha como os outros me entenderem já que as respostas que buscava estavam dentro de mim, e ainda eram completamente nebulosas. Com o passar do tempo percebi que a sensação de compreensão que tive com a minha analista foi o fato dela possibilitar a minha expressão com uma escuta atenta que não visava preencher as lacunas das minhas histórias, mas me dar espaço para preenchê-las (ou não) com o meu ser mais espontâneo.


Costumo dizer que minha analista me salvou, me salvou de me tornar aquilo que os outros esperavam de mim e não o que eu desejava de verdade, de ser mais uma pessoa da população com uma vida sem sentido e de acabar acreditando que não havia espaço para minha criatividade que iria colorir meu mundo e me dar tanta potência para ir atrás dos meus desejos.


Quero deixar aqui meu eterno agradecimento a minha analista e a todos os psicólogos e psicanalistas que se dedicam diariamente a escutar o sofrimento e a transformá-lo em outra coisa. Afinal, a psicologia busca uma das curas mais difíceis, uma cura que pressupõe a disponibilidade afetiva de alguém para escutar.


 
 
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